quarta-feira, 30 de junho de 2010

ALGUMAS CITAÇÕES QUE ME DEFINEM MELHOR QUE QUALQUER PALAVRA MINHA

"Aqui é CORINTHIANS, porra!" (Anônimo)


“Sem a MÚSICA, não haveria sentido em viver”.


“Deveis sentir-vos orgulhosos do vosso inimigo; então os triunfos dele serão também triunfos vossos”.


“Não vos aconselho o trabalho, mas a luta. Não vos aconselho a paz, mas a vitória. Seja vosso trabalho uma luta! Seja vossa paz uma vitória”.


“Desde que há homens, o homem tem se divertido pouco: é esse, meus irmãos, o único pecado original”. (Friedrich Whilhelm Nietzsche)


“Só a natureza é divina, e ela não é divina”.


“Há metafísica bastante em não pensar em nada”.


“Não tenho ambições, nem desejos / Ser poeta não é uma ambição minha / É a minha maneira de estar sozinho.”


(...) “Valeu a pena? Tudo vale a pena, se a alma não é pequena”.


“LOUCO, sim, louco, porque quis grandeza (...) // (...) Sem a loucura que é o homem / Mais que a besta sadia, Cadaver addiado que procria?”.


“Não sou nada. Nunca serei nada. Não posso querer ser nada. À parte disso, tenho em mim todos os sonhos do mundo” (Fernando Pessoa em seus vários heterônimos).


“NO MESMO RIO ESTAMOS E NÃO ESTAMOS, SOMOS E NÃO SOMOS”. (Heráclito)


“Não sei se cegamos, penso que estamos cegos, cegos que vendo, não vem” (José Saramago)


“Sonho que se sonha só, é apenas um sonho que se sonha só, mas sonho que se sonha junto é realidade”.


“Não sei para onde estou indo, mas sei que estou no meu caminho / Enquanto você me critica eu estou no meu caminho.” (Raul Seixas e Paulo Coelho)


”Quando eu nasci veio um anjo safado (...) que determinou eu ia ser errado assim, (..) mas vou até o fim”


“Não chore ainda não, que eu tenho um violão e se a felicidade é de samba há de querer ficar”.


“Os escafandristas virão explorar / sua casa, seu quarto, suas coisas, sua alma, desvãos // Sábios em vão tentarão decifrar / o eco de antigas palavras / Fragmentos de cartas, poemas, mentiras, retratos / Vestígios de uma antiga civilização” (Chico Buarque)



“Lealdade, paciência, esperteza, teimosia e mais dia menos dia a lei da selva vai mudar // Todos juntos somos fortes, somos flecha, somos arco, todos nós no mesmo barco não há nada para temer, do meu lado há um amigo que eu tenho que proteger” (Chico Buarque, Luiz Enriquez e Sérgio Bardotti)


“Uma lei para leão e boi é opressão”


“(...) primeiro a noção que homem estava um corpo distinto da sua alma, está para ser excomungada; (...) fundir a aparente superfície sempre, e mostre o infinito onde estava escondido. Se as portas da percepção estiverem limpas (abertas) sempre aparecerá para o homem como ela é, infinita “. (William Blake)


“Fazíamos amor como dois músicos que se juntam para tocar sonatas. (...), o piano ia por um lado, e o violino por outro, e disso saia a sonata, mas veja, no fundo não nos encontrávamos. Eu descobri isso logo, (...) mas as sonatas são tão bonitas” (Julio Cortázar)


“Minha alma é um carrossel vazio no crepúsculo”. (Pablo Neruda)


“Um gênio é feito de 10% de inspiração e 90% de transpiração” (Tomas Edison, frase muiito usada por Tom Jobim, Stravinsky e Beethoven)


ENTRE MUITOS OUTROS QUE O ESPAÇO NÃO PERMITE CITAR...

Finalmente a estreia

Finalmente a minha banda irá estrear... Será sabado no Bollacha Bar na Parada Inglesa/Zona Norte. Após um processo gostoso movido a cachaças de Salinas (muitas) e algumas cervejas saíremos da toca. Não sei se você irá gostar, mas já falo que foi muito bom fazê-lo. Tocar isso é muito gostoso (parafraseando o samba da Gaviões), tem sabor de mel. Não vou falar muito do nosso som, vou postar o convite para o show de sabado, compareçam e confiram...



A proposta inicial: Música dançante de qualidade. A partir disso, junte referências eintenções literárias, cênicas, e evidente, musicais, estas passeando pelo funk, soul, rock, frevo, baião, rock, jazz, eletrônica erudita e popular numa busca por novos sons, sonoridades, musicalidades. Assim, temos a banda SIGNÂNCIA, formada por Caio Bonvenuto (guitarra), Luiz F. Ricas (eletrônica e teclados), Sandra Soares (intervenções poéticas) e José Marcos (contrabaixo).

Endereços: Av. Luiz Dumont Vilares, 1547 - Parada Inglesa (próximo ao metrô) - SP/SP. http://www.bollachabar.com.br/. O Couvert Artístico é de R$ 5,00. A apresentação será no sábado (03/07) às 23h.

Garantimos uma INESQUECÍVEL EXPERIÊNCIA E INÉDITAS SENSAÇÕES.

SIGNÂNCIA

CONTO COM A SUA PRESENÇA!!! ATÉ SÁBADO...

domingo, 6 de junho de 2010

Música Contemporanêa - É triste não saber apreciar a arte de seu tempo

Nesse feriado, pela total falta de dinheiro tive a "oportunidade" de ficar em São Paulo e sexta estive no Teatro São Pedro assistindo ao concerto da III Oferenda Musical, um festival de música de Câmara realizado por Alex Klein, exímio oboísta (1o. oboé da OSESP), que dedicou-a a música contemporânea. Apesar dos "caríssimos" dez reais, como é de praxe em concertos com esse repertório, sobraram muitos ingressos. O próprio Klein, numa introdução que ele chamou de "prelúdio", numa pergunta feita por mim, colocou que a ausência desse público se deve ao fato da arte contemporânea se propor a tocar em sentimentos, valores e sensações mais profundas e que a grande maioria das pessoas não estão dispostas a sentirem. Concordo com ele, mas sinto pena de quem não pode estar lá...

O concerto começou com uma peça do compositor brasileiro Marlos Nobre (nascido em 1939) com uma interessantíssima formação de piano e harpas preparadas (com efeitos), tímpanos e flautas. Bela peça, agressiva e bela. Mas o que realmente me tocou, me fruiu, me chamou a atenção e me moveu a escrever esse texto foram as peças seguintes: Ancient Voices of Children, baseado num poema de García Lorca, escrita pelo compositor estadounidense George Crumb (1929)(que confesso, até então não conhecia), divida em cinco movimentos para soprano, menino soprano, piano e harpa (preparados), piano de brinquedo, três sets de percussão, serrote/bandolim, oboé/gaita, onde os cantores usavam diversos recursos de efeitos nas vozes (cantar da coxia, cantar sobre o piano, cantar sobre um cano. O poema fala sobre a morte, a morte na infância (o IV movimento se chama "Toda tarde morre uma criança em Granada"). A peça toca nas sensações mais profundas, realmente indizíveis, indescritíveis, sentimentos guardados e escondidos, de tão escondidos que não há palavras para descrevê-lo, onde só os sons (a música) podem chegar. Depois daquele momento, os presentes não eram mais os mesmos. Único e não racional, não intelectual, portanto indízivel. Alguém pode estar pensando: você está acostumado com essa música barulhenta, dissonante, atonal. Para provar que essa fruição é para todos, eu fui com um amigo que raramente vai a concertos e até então nunca havia visto um concerto de música contemporânea, após essa peça, ele só foi capaz de quebrar o silêncio para me dizer: "Estou tocado!". Após essa música, o intervalo mais silencioso que presenciei em todos esse anos frequentando concertos: poucos tinham algo para falar, estavam apenas sentindo.

Na volta a Sequenza VII para oboé e intervenção em si de Luciano Berio (1925-2003). A intervenção foi feita pela própria plateia a pedido do intérprete, o próprio Klein, que tocou essa peça de absoluta dificuldade (talvez a mais difícil do instrumento, já que essa era uma das propostas das Sequenzas, explorar sons nunca antes explorados para os instrumentos no qual foram compostas) sem partitura! Louvável. Após isso, veio a performance de 4'33'' de John Cage (1912-1992), no qual o(s) instrumento(s) no palco ficam em silêncio e os instrumentas fazem apenas três movimentos em momentos indicados na partitura, ou seja, uma performance. A ideia da peça é explorar os sons da plateia, os ambientes e poluições sonoras, provando que o silêncio na prática não existe. Como a plateia já conhecia a peça, ela interviu propositatamente e aplaudiu muito no final, mas quando a plateia não conhece, temos situações inusitadíssimas provocadas pela revolta daqueles que não querem ser o elemento ativo da obra (querem apreciar algo que vem do palco). Para encerrar essa récita, tivemos a Ópera Aberta de Gilberto Mendes (1922, este estando presente na plateia), ópera aleatória (com apenas a primera melodia escrita) para soprano, halterofilista (!!!!) e atores que exploram os sons do movimento da performance (a ópera é um verdadeiro happening) e a soprano intervindo com melodia de óperas clássicas. Grandes movimentos de luzes, cênicos e é claro de sons. Bastante fruidora também...


Fui jantar depois, feliz por ter participado desse momento e pensando, apesar de tudo sou feliz por viver no tempo em que vivo e poder sentir isso, mas fico triste de saber que sou parte de uma ínfima minoria...

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Silêncio

Silêncio
Silêncio
Silêncio
É o que me vem
Silêncio
Absoluto silêncio
É o que eu escuto
Silêncio
É o que não espero
Silêncio
Silêncio
É o que vem
Silêncio
Silêncio
É só o que há em mim
Silêncio
Silêncio
É o que me vem
Silêncio
Silêncio
É o que me expressa
Silêncio
Silêncio
Minha única expressão
Silêncio
Silêncio
São os sons da minha alma
Silêncio
Silêncio
São os sons que se expressam em mim

Silêncio
Que absolutamente corrói
A música que está no coração
Que silenciosamente diz
O que as palavras e os sons
Não ousam emitir

Luiz F. Ricas
Escrito em 13/05/2009 às 20h37min

FOTOS DE UMA CAMINHADA PELO CENTRO

Seguia pela rua da Consolação descendo em direção a Praça Roosevelt cheia de skatistas aproveitando seu formato para manobras, travestis e vários teatros com aquele povo “descolado” que freqüenta aquele lugar. Seguindo pela Ipiranga, Praça da República e Av. São Luís via aquele monte de executivos misturados a Office-boys, hippies mendigos e seus artesanatos e mendigos sem tribos. Passa pela biblioteca Mario de Andrade e vê aqueles estudantes usando um dos maiores acervos do país para seus trabalhos escolares.

Seguindo pela Rua Xavier de Toledo misturado pelo povo que chega nos ônibus que descem a Consolação. Lojas misturam dondocas e proletários no mesmo espaço. Segue pelo Viaduto do Chá e vê o vale do Anhagabaú que mistura skatistas e evangélicos naquele espaço cheio de verde sobre carros e esgoto (que seria o Rio Anhagabaú). Passa em frente ao Banespinha, onde hoje fica a Prefeitura e lá tem um protesto de algum sindicato. Segue pela Praça do Patriarca e entra na Rua Direita, intrafegável pela quantidade de ambulantes fixos que nesse momento correm do rapa. Na praça da Sé vê aquela mistura de povos, sons, odores e olhares das pessoas que confluem naquele local belo e sujo.

Descendo a escorregadia e barulhenta ladeira Porto geral e passando também pela também intrafegável e ruidosa 25 de Março, onde a maioria feminina se acotovela para comprar bijuterias, tecidos e falsificações chinesas. Chega na Av. do estado alagada e aquele monte de gente esperando o ônibus para a populosa Zona Leste no terminal Parque Dom Pedro II...

São essas algumas fotos da catastrófica e apaixonante paulicéia desvairada.

Luiz F. Ricas
Escrito em 19/03/2009 às 9h26min
Cada gargalhada
Cada discurso alto
Cada sorriso fácil
Não esconde a tristeza
Que seus olhos e seus ombros
Explanam para o mundo....


Luiz F. Ricas
Escrito em 21/05/2009 às 11h10min

SONETO SOBRE UMA NOITE E NADA MAIS

Não quero seu telefone
Não quero saber seu nome
Não quero saber quem és
Não quero conhecer seus anseios
Não quero fazer suas vontades
Apenas quero seus beijos
Apenas quero realizar teus
Sonhos mais próximos
Apenas quero beijar tua nuca
Apenas quero que você seja
A mais feliz das mulheres
Nas próximas horas

Quero te sentir a mais amada
Para depois nunca mais te ver

Luiz F. Ricas
Escrito em 07/05/2009 às 20h11min

Sonhos

Sonhos mais sonhos

______________Sonhei

____________________Sonhamos


Sonho que se sonha só

________________É só um sonho que se sonha só*

_______________________________________Sonharemos


A realidade


__________Não será mais realidade


Sim, eu sonhei que não sonhava**

_________________________Fechei os olhos e acordei


____________________________________Nothing is real***
____________________________________The Dream is over****


Fechei os olhos e parei de sonhar


Luiz F. Ricas
Escrito em 17/03/2009 às 9h34min

* Raul Seixas em Prelúdio
** Roberto Daga, um dos fundadores da Gaviões da Fiel Torcida
*** John Lennon & Paul McCartney in Strawberry Fields Forever
**** John Lennon anunciando o fim dos Beatles
No alto da montanha
Faleço-me, faleço-me
Sinto a dor da subida
Faleço-me, faleço-me
A dor de meus peitos
Sentindo a falta de ar
Que mata meu espírito
Meu sopro de vida
Queima minha laringe
Dolorida de tanto gritar
Pedindo ajuda, chorando
Procurando, procurando
Procurando a mim mesmo
Que não me encontro
Velho xamã que me olha
Entrega sua flor de lótus
Quero viver, quero sentir
Cantar, amar, amar, amar,
Mas não vejo luz
Só vejo a dor, a dor que sinto
Da ferida em minha alma
Lá enraizada, perdida
Encravada, aberta
Perdida e dolorida
Meu inimigo me vence
Ele sempre vence
A dor me paralisa
O medo da dor
Traz paralisia
Paralisia que traz dor
Que dói porque dói
Dor da fuga da dor
Lá no alto vejo
Violência e angústia
Resistência de quem
Não quer voltar
Lá sou só eu
Aqui não sou nada
Diria Pessoa, nunca
Serei nada, só tenho
Todos os sonhos desse
Mundo que me odeia
Porque me faz doer
As dores que não devia
Sentir, mas sinto
Perco, perco, perco
Perco para mim mesmo
Foda-se o mundo
Eu não me venço
Como vencer o
Mundo.
Meus ombros doem,
Tenho que descer.
Os olhos da águia
Meu mostram meu ser,
Alimentado de dor.
Meus sentimentos
São uma criança
Atravessando uma rodovia.
Geralmente é atropelada
Quero passar, quero
Descer, quero viver
Quero sorrir, quero
Ser feliz, quero ar
Quero-me, quero-me
Amar, somente quero
Somente quero, somente quero...

Luiz F. Ricas
Escrito em 19/05/2009 às 20h aproximadamente
Angústia
______Dores
__________Sofrimento
__________________Tristeza
________________________Decepção
_______________________________Amor


_________________________CALOR


_______________________________Amor
_________________________Carinho
_________________Felicidade
__________Plenitude
_____Tesão
...

Luiz F. Ricas
Escrito em 12/03/2009 às 07h aproximadamente

SONETO SOBRE A VIOLÊNCIA POLICIAL

Você vai pagar
Cada instante de dor
Cada lágrima entalada
Cada gota de ódio
Presa em meu sangue
Fervido pelo preconceito
Cozido pela sua violência
Servido pela sua intolerância
Mas sua hora vai chegar
Sua repressão tem data marcada
Mais cedo ou mais tarde
A boiada vai estourar

E aí eu quero ver é aparecer
Homem para bater de frente.

Luiz F. Ricas
Escrito em 16/02/2009 às 7h aproximadamente

SONETO SOBRE A INSEGURANÇA

Ele olhava ao redor e via vários pseudo canais e não via nada, só se via só. Só em um mundo fugitivo da solidão.

Convulsões e transpirações
Dores e angústias
Medos e sensações
Da busca insana
Da segurança na alma
Da conquista perigosa
Da luta eterna
Entre desejo e ação
Entre coragem e fobia
Entre o espelho e a imagem
Busca infrutífera
Do brilho nos olhos necessários

Para apenas falar que quero
Beijar-te o resto de minha vida

Luiz F. Ricas
Escrito em 19/02/2009 às 11h08min