sábado, 18 de setembro de 2010

O mito da carga tributária brasileira

Nossa classe média adora reclamar dos pagamentos de impostos e tem o hábito de declarar que o Brasil tem a “maior carga tributária do mundo”. Confesso que me sentindo cansado com essa ladainha e sabendo da mentira desse argumento, busquei algumas fontes e cheguei aos seguintes resultados práticos: O Brasil possui a 8a. Riqueza (econômia) do mundo, a 56a. estrutura econômica no mundo (segundo o banco Mundial) e a 14a, carga tributária do mundo, a maior entre os BRICs (bloco dos países em desenvolvimento), onde ele é a segunda econômia, atrás da China (segunda do mundo) que tem a 24a. Economia do mundo e a maior da América Latina, pouco acima da Argentina. Por renda per capita, o Brasil é o 24o. Do mundo, ou seja, atrás da Russia, Uruguai, México e Chile a frente de China (com eles a concorrência é desleal, é verdade), Argentina, India e Colombia.


Realmente, nosso sistema tributário é confuso e reincide sobre o consumo e não sobre a renda, como é feito na maioria dos países que estão a nossa frente nesse ranking. Ou seja, nosso problema não é a carga tributária, mas como ela é cobrada, pois em um notebook como o que eu escrevo esse artigo, o imposto reincidente no preço dele é de 238%, ou seja do preço dele, quase três quartos são de impostos. Já nosso imposto de renda tem a maior faixa de 27,5% e com dezenas de artíficios de descontos e insenções (por exemplo planos de saúde, cursos e até patrocínios culturais e esportivos são deduzidos do imposto de renda). Nossa constituição diz que educação, saúde, lazer, cultura entre outros serviços sociais são obrigação do estado. Isso precisa de dinheiro. Nunca podemos nos esquecer o que é um estado/governo: um paralelo, nossos amigos da rua resolvem montar um time de futebol para o lazer no fim-de-semana, somos quinze pessoas, elegemos um como caixa e calculamos os gastos com quadra, transporte, bola, coletes, churrasco, cerveja e chegamos ao valor de 20,00 por pessoa e todo mês esse caixa recolhe os vinte reais e junto com outro colega nosso compra e paga os artigos supra descritos. Todo mês temos 300 reais de arrecadação, no país esses dois colegas são o governo e o dinheiro arrecadado é a carga tributária. Depois de um tempo, descobrimos que o nosso caixa estava roubando 150 reais por mês, temos duas opções: reclamamos da vida e paramos de jogar nossa bola ou expulsamos o ladrão e continuamos a jogar, agora pagando 10 reais por mês pelo mesmo lazer.


Nosso problema é que não entendemos o estado como “nós” e sim como “eles”, por isso igniramos denùncias de corrupção, tráfico de influência e má-administração do dinheiro público (ou seja nosso). Não contente, não entendemos que por Constituição diversos deveres estatais são mal-prestados e ao invés de cobrarmos melhoras, quem tem condição contrata o serviço privado, pagando duas vezes pelo mesmo serviço (plano de saúde, escola privada, segurança particular) e deixando ao relento quem não tem dinheiro para pagar de novo o que já pagou (a parcela mais pobre da população) e é essa mesma classe média que reclama de pagar impostos ao invés de reclamar dos serviços que todos nós pagamos e não recebemos. Já os mais ricos estão muito felizes nessa bagunça da arrecadação pois proporcionalmente pagam menos e deduzem dos impostos aquilo que nós pagamos e contratam seus particulares, um rico paga proporcionalmente 8% da sua renda em imposto e um pobre 56%, ou seja de cada 100 reais que um rico ganha, 8 reais viram impostos, de cada 100 reais que um pobre ganha 56 reais viram impostos. São eles que detém os grandes meios de comunicação que distribuem essa lenda da carga tributária brasileira, mas são eles que não querem que mude.


A Suécia por exemplo, tem 56% do PIB em carga tributária, mas um índice nulo de corrupção, um sistema judiciário eficiente e 58% (!!!) de imposto de renda. E está sempre os cinco melhores países no que diz sobre qualidade de vida. OU seja, LÁ AO INVÉS DE RECLAMAR DE PAGAR IMPOSTOS, ELES PAGAM JUSTAMENTE OS MESMOS E COBRAM OS RESULTADOS E MANDAM PARA CADEIA QUEM ROUBA ELES... Um exemplo muito melhor do que reclamar...


fontes (sim eu uso isso para falar sobre algum assunto):

http://www.heritage.org/index/Explore.aspx?view=by-variables

http://www.cartacapital.com.br/economia/sobre-a-carga-tributaria-brasileira

http://g1.globo.com/economia-e-negocios/noticia/2010/09/carga-tributaria-brasileira-supera-japao-mexico-turquia-e-eua.html

http://www1.folha.uol.com.br/mercado/792959-carga-tributaria-no-brasil-e-maior-do-que-nos-eua-dinamarca-lidera.shtml

http://veja.abril.com.br/idade/exclusivo/impostos-carga-tributaria/contexto2_g2.html

http://www.receita.fazenda.gov.br/Historico/esttributarios/estatisticas/CargaTributariaBR2009.htm

http://www.rfi.fr/actubr/articles/087/article_10537.asp

http://www.weforum.org/en/initiatives/gcp/Global%20Competitiveness%20Report/index.htm

http://www1.folha.uol.com.br/folha/dinheiro/ult91u112117.shtml

http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2009/05/090519_cepal_mc_ac.shtml

http://www.notadez.com.br/content/noticias.asp?id=51005

http://www.bolsavalores.net/2009/09/08/brasil-fica-em-56%C2%B0-no-ranking-das-economias-do-mundo/

http://www.aprendiz.adv.br/todas.asp?tipo=6

http://mundoestranho.abril.com.br/cultura/pergunta_286449.shtml

http://mundoestranho.abril.com.br/cultura/pergunta_286449.shtml


segunda-feira, 13 de setembro de 2010

sábado, 11 de setembro de 2010

Considerações concretas sobre um título de Mário de Andrade

Amar Verbo Intransitivo

Amar Verbo

Amar In transe

Amar Verbo sitivo

Amar Intransitivo

Amar Verbo

Amar In transe

Verbo Intransitivo

Verbo

In transe

Amar In transe

Verbo sitivo

Intransitivo

Amar Ver In transe

Amar

Ver

bo

In

Transitivo


Luiz F. Ricas 26/3/2010 às 7h