Governabilidade, o novo nome de vender a alma para a diabo. Governabilidade, o nome de "fazemos qualquer negócio para se manter no poder.
Agora, papo reto: alguém realmente acreditou que seria diferente disso? Eu, inclusive declarei nessa rede social que estava votando no segundo turno contra as forças escusas e fascistas que se aglutinaram no discurso e nos grupos de apoio aos bicudos azuis, co irmão dos vermelhos trabalhistas que nomeiam pessoas que possuem escravos para seu ministério.
Insisto: voto ameniza ou não os efeitos do real governo, aquele das grandes empreiteiras, bancos, coronéis, latifundiários que apenas elegem seus office boys para manter intacto seu poder e isso não mudará digitando números num micro ondas não aferível. Os dois partidos que se alternam no poder há vinte anos confirmam isso. Só chegaram lá quando aceitaram rasgar seu programa e seus ideais em troca do título "visível" do poder.
Sinto muito àqueles que acreditaram na guinada à esquerda. Pelo menos vocês ajudaram a impedir o turbo à direita. O outro que usa palavras de esquerda e bandeiras vermelhas já faz mais de 15 anos que dá seta à direita e muitos ainda em 2014 caem em imagens de guerrilheira. Mas essa ilusão pelo menos atrasou que grupos ainda piores que esses que lá estão de assumirem o trono de contínuo da vontade dos que mandam.
E ao PT, por justiça agradecemos o único programa efetivo de distribuição de renda e por facilitar o acesso a serviços públicos a grande população. Mas não se iludam, porque vermelho ou azul, educação, saúde, infraestrutura, real empoderamento popular, combate à corrupção, etc você pode digitar o número que quiser que nada irá mudar se não for do interesse daqueles que realmente mandam acima citados.
E para concluir, uma frase que adoro do Malatesta: "todo poder emana do povo e é o povo que vai fazer o poder". Enquanto todo mundo que anseia por um mundo mais justo não entender isso, vão ficar se decepcionando com os jogos de poder da elite econômica e bélica do país e do mundo.
1. A estratégia da distração. O elemento primordial
do controle social é a estratégia da distração, que consiste em desviar a
atenção do público dos problemas importantes e das mudanças decididas
pelas elites políticas e econômicas, mediante a técnica do dilúvio ou
inundação de contínuas distrações e de informações insignificantes. A
estratégia da distração é igualmente indispensável para impedir que o
público se interesse pelos conhecimentos essenciais, na área da ciência,
da economia, da psicologia, da neurobiologia e da cibernética. “Manter a
atenção do público distraída, longe dos verdadeiros problemas sociais,
cativada por temas sem importância real. Manter o público ocupado,
ocupado, ocupado; sem nenhum tempo para pensar; de volta à granja com
outros animais (citação do texto “Armas silenciosas para guerras
tranquilas”).
2. Criar problemas e depois oferecer soluções. Esse método também é
denominado “problema-ração-solução”. Cria-se um problema, uma “situação”
previsa para causar certa reação no público a fim de que este seja o
mandante das medidas que desejam sejam aceitas. Por exemplo: deixar que
se desenvolva ou intensifique a violência urbana, ou organizar atentados
sangrentos, a fim de que o público seja o demandante de leis de
segurança e políticas em prejuízo da liberdade. Ou também: criar uma
crise econômica para forçar a aceitação, como um mal menor, do
retrocesso dos direitos sociais e o desmantelamento dos serviços
púbicos.
3. A estratégia da gradualidade. Para fazer com que uma medida
inaceitável passe a ser aceita basta aplicá-la gradualmente, a
conta-gotas, por anos consecutivos. Dessa maneira, condições
socioeconômicas radicalmente novas (neoliberalismo) foram impostas
durante as décadas de 1980 e 1990. Estado mínimo, privatizações,
precariedade, flexibilidade, desemprego em massa, salários que já não
asseguram ingressos decentes, tantas mudanças que teriam provocado uma
revolução se tivessem sido aplicadas de uma só vez.
4. A estratégia de diferir. Outra maneira de forçar a aceitação de
uma decisão impopular é a de apresentá-la como “dolorosa e
desnecessária”, obtendo a aceitação pública, no momento, para uma
aplicação futura. É mais fácil aceitar um sacrifício futuro do que um
sacrificio imediato. Primeiro, porque o esforço não é empregado
imediatamente. Logo, porque o público, a massa tem sempre a tendência a
esperar ingenuamente que “tudo irá melhorar amanhã” e que o sacrifício
exigido poderá ser evitado. Isso dá mais tempo ao público para
acostumar-se à ideia de mudança e de aceitá-la com resignação quando
chegue o momento.
5. Dirigir-se ao público como se fossem menores de idade. A maior
parte da publicidade dirigida ao grande público utiliza discursos,
argumentos, personagens e entonação particularmente infantis, muitas
vezes próximos à debilidade mental, como se o espectador fosse uma
pessoa menor de idade ou portador de distúrbios mentais. Quanto mais
tentem enganar o espectador, mais tendem a adotar um tom infantilizante.
Por quê? “Ae alguém se dirige a uma pessoa como se ela tivesse 12 anos
ou menos, em razão da sugestionabilidade, então, provavelmente, ela terá
uma resposta ou ração também desprovida de um sentido crítico (ver
“Armas silenciosas para guerras tranquilas”)”.
6. Utilizar o aspecto emocional mais do que a reflexão. Fazer uso do
aspecto emocional é uma técnica clássica para causar um curto circuito
na análise racional e, finalmente, ao sentido crítico dos indivíduos.
Por outro lado, a utilização do registro emocional permite abrir a porta
de aceeso ao inconsciente para implantar ou enxertar ideias, desejos,
medos e temores, compulsões ou induzir comportamentos…
7. Manter o público na ignorância e na mediocridade. Fazer com que o
público seja incapaz de compreender as tecnologias e os métodos
utilizados para seu controle e sua escravidão. “A qualidade da educação
dada às classes sociais menos favorecidas deve ser a mais pobre e
medíocre possível, de forma que a distância da ignorância que planeja
entre as classes menos favorecidas e as classes mais favorecidas seja e
permaneça impossível de alcançar (ver “Armas silenciosas para guerras
tranquilas”).
8. Estimular o público a ser complacente com a mediocridade. Levar o
público a crer que é moda o fato de ser estúpido, vulgar e inculto.
9. Reforçar a autoculpabilidade. Fazer as pessoas acreditarem que são
culpadas por sua própria desgraça, devido à pouca inteligência, por
falta de capacidade ou de esforços. Assim, em vez de rebelar-se contra o
sistema econômico, o indivíduo se autodesvalida e se culpa, o que gera
um estado depressivo, cujo um dos efeitos é a inibição de sua ação. E
sem ação, não há revolução!
10. Conhecer os indivíduos melhor do que eles mesmos se conhecem. No
transcurso dosúltimos 50 anos, os avançosacelerados da ciência gerou uma
brecha crescente entre os conhecimentos do público e os possuídos e
utilizados pelas elites dominantes. Graças à biologia, à neurobiologia e
à psicologia aplicada, o “sistema” tem disfrutado de um conhecimento e
avançado do ser humano, tanto no aspecto físico quanto no psicológico. O
sistema conseguiu conhecer melhor o indivíduo comum do que ele a si
mesmo. Isso significa que, na maioria dos casos, o sistema exerce um
controle maior e um grande poder sobre os indivíduos, maior do que o dos
indivíduos sobre si mesmos.
* Linguista, filósofo e ativista político estadunidense. Professor de Linguística no Instituto de Tecnologia de Massachusetts
Nota do Viomundo: este texto foi reproduzido da Adital,
onde constava como autor Noam Chomsky. Mas três leitores nos alertaram
que o verdadeiro seria Sylvan Timsit. Fomos checar. Consta realmente nos
links indicados Sylvam Timsit. Acontece que buscamos mais dados sobre
Sylvain Timsit e estranhamente não achamos ainda informações
consistentes. Encontrei um suposto vídeo, mas não aparece o rosto dele.
Vamos investigar mais. Diante disso já enviamos email à Adital para
saber a fonte do original em inglês. Desculpe-nos pelo erro.