sábado, 4 de junho de 2016

Tão lindo, belo e forte (Uma Elegia)


Tão lindo, belo e forte (Uma Elegia)

Cassius Clay era de um boxe lindo
entrava em luta sempre de guarda aberta
deixava os rivais encaixarem os golpes,

pois sabia que sua força vinha de dentro
Nada o derrubava, nem os ganchos do racismo
que o fizeram assumir sua luta

mudando de religião e de nome
e Mohammed Ali surge nocauteando o lugar
marcado para seus irmãos de luta

Belo em sua postura,
dentro dos ringues causava medo
e fora deles elevava o furor

Da luta que é viver em uma sociedade
marcada pelo preconceito e que ele
ídolo de uma geração era o sol

que ofuscava o olhos dos rivais
e iluminava a luta dos seus irmãos
que viam que apesar de oprimidos eram fortes

Forte como Ali que lutou contra Parkisson
não outro boxeador, mas a síndrome
custo alto de sua bela guarda aberta

Lutou como poucos e ficou como único
assim como o verso de Caetano, título
de lutador em todas as áreas da vida.

Hoje o corpo que tremia se foi
E ficou a bandeira que tremula
quando surge Ali, impávida

negra pantera que inspira.
a luta que prossegue
até o nocaute seguinte...