segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Feliz nascimento do Sol a todos

Feliz nascimento do Sol a todos. Que o senso coletivo e agregador dessa época se mantenha nos outros 364 dias do ano.

Nessa época, muitas reconciliações, ocorrem, muitos amores surgem e o espírito solidário ganha proporções que deveriam ser a rotina, mas não são. Vinte e cinco  de dezembro historicamente é um feriado religioso. Nessa mesma época, em calendários distintos, culturas distintas sempre celebram o nascer de Deus. No Egito, celebra-se o nascer de Hórus, o filho de Ísis e Osíris, o deus que encarna, formando assim a trindade "executiva" da religião egípcia. Qualquer semelhança não é mera coincidência. Diversos povos tribais, de religiões que cultuam a natureza como expressão divina na Terra, do campo ("paganus" em latim, ou se preferir: "pagão") celebram o nascer do Sol nessa época. O Sol nessas culturas é a porção masculina de Deus, em contraponto a Lua, porção feminina do divino e Terra, filha dessa união. Ou seja, novamente o momento em que se consolida (exalta-se) a natureza triparde de Deus. Na antiga Roma também era celebrado o nascer do Deus-pai, simbolizado pelo Sol. Quando o cristianismo, uma reforma do judaísmo (uma religião monoteísta praticada principalmente na Palestina) se torna a religião oficial de Roma, em 320, a festa do nascer do Sol, se torna o aniversário de Jesus Cristo, o deus encarnado da religião cristã e 25 de Dezembro no ocidente passa a ser conhecido simplesmente como Natal (nascimento). Com o advento da burguesia (classe comerciante) ao poder, essa data passou a ser associada a dar presentes, tornando-se também a maior data comercial do mundo. A troca de presentes comprados, supostamente entregues por um velhinho moralista se torna o assunto principal nessa época ao invés da celebração da presença e da dádiva divina na Terra, contexto original da celebração que me comunica muito mais com minha religiosadade pagã. Ou seja, quase todas as religiões do ocidente, seja ao norte, seja ao sul celebram hoje a união de todos em torno Dàquele que nos criou, independente do nome que tú dê a Ele, a forma que tú celebras ou até mesmo se tú celebras ou acreditas. Seja religioso ou não, crente ou ateu, sensível ou não: isso me interessa.

Então
Natalis Solis Invicti
a todos
Luiz

Nenhum comentário:

Postar um comentário