segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Gilmar dos Santos Neves - Exemplo de perseverança

Gilmar é considerado o mais importante goleiro da história do Corinthians, do Santos e da Seleção Brasileira. Para muitos, o melhor goleiro brasileiro de todos os tempos. Sua história no futebol é um exemplo para todos nós que sonhamos e corremos atrás de nossos sonhos. Começou a carreira no Jabaquara nos anos 1940. Sem espaço, foi dado ao Corinthians a título de contra peso, moeda de troca de uma transação com o Jabaquara para a compra do meia Ciciá (nos moldes "se quiser levar o Ciciá, terá que levar esse goleiro aqui também") em 1951. Chegou disputando posições com Cabeção e Bino e após uma derrota de 7x3 para a Portuguesa (então melhor ataque paulista, sendo dela a base do ataque da seleção paulista à época) amargou cinco meses de banco e a fama de frangueiro e para piorar, ainda vê o time ser campeão paulista com Cabeção soberano no gol. Só em abril de 1952, num amistoso contra o Rádium de Mococa ele voltou a jogar e nunca mais voltou para o banco de reservas. Após anos de desconfiança começava a surgir o (para muitos) maior goleiro do Brasil.

Depois disso foi bi-paulista e do Rio-São Paulo com o Corinthians e ganhou o que seria durante décadas o mais importante título corinthiano, o campeão do IV Centenário de São Paulo (à época, os campeonatos que caiam em anos festivos eram mais destacados). Durante uma década, a torcida corinthiana entendia uma faixa escrita "Gilmar, o supremo guardião do IV Centenário". Em 1961, o Corinthians em crise desmancha seu time e ele vai para o Santos FC no auge do "Esquadrão da Vila Belmiro" de Pelé (na Europa era conhecido como o "goleiro de Pelé"), sendo a peça que faltava para tornar aquele time semi imbátivel. Lá foi quatro vezes campeão da Taça Brasil, uma do Robertão (equivalentes ao nosso Campeonato Brasileiro atual), bi campeão da Libertadores e da Taça Intercontinental (aqui valorizada/chamada como Mundial de clubes) e cinco Campeonatos Paulistas. Titular absoluto da seleção em três Copa do Mundo, ganhou duas (58 e 62) onde ganhou a alcunha de "Muralha da Vila".

Sempre lembro da história do Gilmar para buscar fé em buscar os meus sonhos, pois a moeda de troca do Jabaquara, o terceiro goleiro frangueiro do Corinthians após anos de luta e crença em si mesmo se torna o goleiro mais importante da história do Corinthians (eu dividiria esse título com Ronaldo Giovanelli, mas aí é outra discussão), mais importante da história do Santos, atuando no considerado por muitos maior time de todos os tempos, goleiro absoluto da seleção brasileira bi campeã do Mundo. Sempre que alguém te desacreditar, te diminuir, lembre o maior goleiro da história do Brasil foi tratado como contra peso no começo da carreira, foi culpado por uma goleada histórica por uma das mais fanáticas torcidas do mundo e seguiu, lutou, acreditou em si mesmo e construiu a história relatada acima. Ontem, ele faleceu aos 83 anos. Fica a história, a obra de um dos maiores mitos que o esporte já produziu. Parabéns, Gilmar, você está eternamente em nossos corações e será eternamente minha inspiração.

Do goleiro e corinthiano
Luiz

Fonte: UNZELTE, Celso Dario. Almanaque do Corinthians e http://en.wikipedia.org/wiki/Gylmar_dos_Santos_Neves (acesso em 26 de agosto de 2013)

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