segunda-feira, 13 de abril de 2015

O filho de todas as esperanças

Um dos melhores e mais deliciosos livros que li foi O "Hijo de los dias" onde Eduardo Galeano conta histórias não ou mal contadas onde cada capítulo é um dia de um calendário da história não oficial. Ouso dizer que meu "filho dos dias" ganhou um capítulo hoje. Logo abaixo meu capítulo favorito do livro supra citado:

13 de Abril

O Homem que ousou ver e acreditar

Nessa data, em 2015 nos deixou Eduardo Galeano, escritor uruguaio. Homem de muitas palavras ousou ver o que todos fingiam não ver, ousou relatar o que a história oficial quis sepultar.

Sua visão ultra crítica de um mundo cínico era cheia de poesia, movimento, única e acima de tudo cheia e provedora de esperança. Esperança que todos sejam iguais em suas diferenças e que o mundo seja cheio de filhos das veias abertas, não aquelas que sagram como ele perspicazmente denunciou as violações da América Latina, mas as veias da sensibilidade e da coragem, essas abertas por Galeano e quem essas sim, jorrem eternamente, como sua obra já é.

***

Febrero  17

 El festejo que no fue

    Los peones de los campos de la Patagonia argentina se habían alzado en huelga, contra los salarios cortísimos y las jornadas larguísimas, y el ejército se ocupó de restablecer el orden.
   
    Fusilar cansa. En esta noche de 1922, los soldados, exhaustos de tanto matar, fueron al prostíbulo del puerto San Julián, a recibir su merecida recompensa.

    Pero las cinco mujeres que allí trabajaban les cerraron la puerta en las narices y los corrieron al grito de asesinos, asesinos, fuera de aquí…

    Osvaldo Bayer ha guardado sus nombres. Ellas se llamaban Consuelo García, Ángela Fortunato, Amalia Rodríguez, María Juliache y Maud Foster.

    Las putas. Las dignas.

Nenhum comentário:

Postar um comentário